STF determina uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro após operação da Polícia Federal. Donald Trump aumenta pressão em defesa de ex-presidente e Lula diz que não aceita chantagem. Diretores do Banco Central se reúnem com economistas. No exterior, dólar recua com defesa de membro do Fed por corte de juros. Dados da Universidade de Michigan são destaque da agenda americana. Veja os destaques:

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PF e Bolsonaro; Trump pressiona

Jair Bolsonaro Photographer: Arthur Menescal/Bloomberg

O ex-presidente Jair Bolsonaro será obrigado a usar tornozeleira eletrônica depois que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca contra ele nesta sexta-feira, em operação autorizada pelo STF, segundo jornais. As medidas incluem ainda não usar redes sociais e não ter contato com o filho Eduardo, que confirmou as ordens da corte. A PF apreendeu US$ 10.000 na casa do ex-presidente, reportou O Globo, e investiga se o dinheiro seria utilizado para eventual fuga, informou a CNN Brasil. A defesa de Bolsonaro afirmou em nota que recebeu com “surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” contra ele e irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial. Donald Trump aumentou a pressão para que o Brasil retire as acusações contra Bolsonaro, afirmando que estará “observando de perto” o processo, em carta aberta ao ex-presidente. O Washington Post reportou que Eduardo Bolsonaro trabalha em colaboração com a Casa Branca para impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, segundo fontes.

Lula responde

Presidente Lula Photographer: Ton Molina/Bloomberg

Em pronunciamento em cadeia nacional, o presidente Lula reiterou que país não aceitará “chantagem” dos EUA e agirá de cabeça erguida. Segundo ele, a tentativa de interferência na justiça brasileira é grave atentado à soberania nacional. Lula pediu diálogo, defendeu o uso das relações diplomáticas para negociar questões comerciais e afirmou que, se necessário, o país usará todos os instrumentos legais para defender a economia. O presidente criticou a abertura de investigação dos EUA contra práticas comerciais consideradas ilegais pelo Brasil, envolvendo por exemplo serviços de pagamento eletrônico. Lula chamou de “traidores da pátria” os políticos que apoiam o tarifaço de Trump.

Opções e BC com economistas

A B3 realiza nesta sexta-feira o vencimento de opções sobre ações, enquanto o índice Bovespa busca não se distanciar muito do patamar recorde acima de 140.000 pontos alcançado no início do mês. Nesta quinta-feira, a bolsa brasileira destoou do bom humor em Nova York e fechou estável, com o peso de Vibra e Petrobras em meio à notícia de que a petroleira estuda voltar ao setor de distribuição, segundo uma fonte. A Vibra foi privatizada durante o governo Bolsonaro. Os diretores do Banco Central Nilton David e Izabela Correa participam nesta manhã de reuniões com economistas.

Dólar cai com Waller

Christopher Waller, diretor do Fed Photographer: Al Drago/Bloomberg

O dólar recua contra maioria das demais moedas no mercado internacional com comentário em defesa de corte de juros ainda este mês feito pelo diretor do Federal Reserve Christopher Waller, que citou o risco de enfraquecimento do mercado de trabalho. Waller é um dos cotados a suceder Jerome Powell, que tem sido criticado por Trump pela demora em reduzir juros, e sua fala diverge do discurso mais cauteloso de outros dirigentes do BC americano. Os rendimentos dos treasuries cedem levemente, mas, apesar da fala de Waller, o mercado ainda não precifica probabilidade de flexibilização neste mês. As autoridades do Fed se reunirão nos dias 29 e 30 de julho. A agenda nesta sexta-feira nos EUA destaca o sentimento do consumidor e expectativa de inflação da Universidade de Michigan, além de dados de moradias.

Metais em alta

As bolsas globais operam de lado nesta manhã depois que o S&P 500 e o Nasdaq atingiram máximas de fechamento ontem com dado americano do varejo, que apontou vigor das vendas mesmo diante das incertezas geradas pelas tarifas. Entre as commodities, o petróleo sobe com forte demanda de verão por combustíveis no hemisfério norte e os metais básicos avançam em Londres com avaliação otimista da demanda na China pela BHP. Na América do Sul, a Argentina de Javier Milei teve a classificação de crédito elevada pela Moody’s para Caa1. A agência justificou a medida pela flexibilização dos controles cambiais e o novo programa do FMI.

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