Aprovação do governo Lula cresce na pesquisa Genial/Quaest em meio à reaproximação com Donald Trump. Comissão mista do Congresso aprova, com placar apertado, a medida provisória criada para compensar o IOF. Ambipar pode entrar com pedido de recuperação judicial já na próxima semana, segundo fontes. Ouro renova recorde, índice dólar avança e futuros sobem em Nova York. Veja os destaques:

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Popularidade de Lula

Luiz Inácio Lula da Silva (Photo by Ton Molina/NurPhoto via Getty Images) Photographer: NurPhoto/NurPhoto

Mantendo a tendência vista nos últimos meses, a Pesquisa Genial/Quaest mostrou que, em outubro, a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao maior nível desde janeiro. A aprovação e desaprovação aparecem empatadas dentro da margem de erro: 48% a 49%, respectivamente. “Chama especial atenção a recuperação do governo entre o eleitorado feminino, público que foi fundamental para a vitória de Lula em 2022”, nas regiões Nordeste e Sul, e uma oscilação positiva no Sudeste, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest, em postagem no X. Também ajuda a explicar essa melhora notícias vistas como positivas, como a reaproximação de Lula com o presidente americano Donald Trump. Nunes destaca como desafios para o governo que a maioria da população entrevistada ainda avalia que Lula não tem conseguido cumprir suas promessas de campanha e nem reverter a avaliação de que o país está indo na direção errada. A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro. O nível de confiabilidade da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

Comissão aprova MP

A Comissão mista do Congresso aprovou a medida provisória criada para compensar o IOF, nesta terça-feira em Brasília. O placar foi apertado: 13 parlamentares votaram a favor da MP, enquanto 12 se manifestaram contra. Medida segue para votação na Câmara dos Deputados e, se aprovada, vai para o Senado. O prazo máximo para votar a medida é nesta quarta-feira. Após as mudanças no texto, o potencial arrecadatório, inicialmente estimado em R$ 20,6 bilhões, deve ficar perto de R$ 17 bilhões, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a jornalistas em Brasília após reunião no Senado ontem. Segundo ele, houve concessões para se chegar a um texto que pudesse ser aprovado, e temas como a tributação de bets, retirada do texto, podem ser apreciadas futuramente. Com relação a outros títulos, a proposta unifica a alíquota do Imposto de Renda para pessoas físicas em investimentos financeiros, substituindo o modelo atual que varia entre 15% e 22,5% conforme o prazo da aplicação. Lula participa de eventos ao longo do dia. Haddad tem o lançamento do 3º Leilão Eco Invest, seguido de entrevista à imprensa, a partir das 14:00.

Fiscal pressiona ativos

O mercado mantém no radar o noticiário sobre medidas que podem ampliar o risco fiscal, depois da pressão sobre os ativos brasileiros na véspera com fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre estudos para a adoção da tarifa zero no transporte. O comentário azedou o humor do investidor não apenas pelo possível impacto fiscal, mas também pelo eventual efeito da medida sobre as eleições de 2026. As taxas longas de juros avançaram mais de 10 pontos e o dólar subiu para R$ 5,35, enquanto o Ibovespa caiu 1,6%, abaixo dos 142.000 pontos. No campo da inflação, o IPC-S, índice de preços da FGV, ficou em 0,63% na primeira quadrissemana do mês.

Ambipar

A Ambipar trabalha com assessores para preparar um pedido de recuperação judicial que pode acontecer já na próxima semana, segundo pessoas a par do assunto. A empresa deve entrar com o pedido em um tribunal do Rio de Janeiro, disse uma das pessoas. As conversas, porém, ainda estão em andamento e o prazo pode mudar, de acordo com as fontes. Procurada, a Ambipar não comentou. No final de setembro, a empresa obteve proteção emergencial contra credores por 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.

Ouro supera US$ 4.000
 

Barras de ouro na refinaria de metais preciosos da Italpreziosi SpA, localizada em Arezzo, Itália, na terça-feira, 6 de maio de 2025. Photographer: Bloomberg/Bloomberg

O ouro dispara e supera US$ 4.000 a onça pela primeira vez com a busca pelo metal estimulada por incertezas sobre a economia dos Estados Unidos, reforçadas pela paralisação do governo e dúvidas sobre as políticas monetária e fiscal do país, além de receios sobre o comércio global. Índice dólar também avança, mas sentimento segue positivo nas bolsas em meio ao otimismo com a inteligência artificial. O petróleo se valoriza com sinalização de queda de estoques do produto nos EUA. A agenda no exterior destaca a ata da última reunião do Federal Reserve e falas de dirigentes do BC americano. A divulgação de índices econômicos segue restrita pelo “shutdown”.

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